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O olho a boca e o resto (transmissão)

  • 2022

    O olho a boca e o resto (transmissão)

Uma criação para 7 atores e atrizes da Cia Catalyse.
A partir do convite do coreógrafo Bernardo Montet para transmitir um fragmento de uma peça do meu repertório.
Uma proposição para praticar o vulnerável e inventar um dispositivo de transmissão para a dança.

Peça (uma vignette) para 7 atores e atrizes da Companhia Catalyse, dirigida por Madeleine Louarn, inscrita no Centre National de la Création Adaptée (CNCA), em Morlaix, França.

O olho a boca e o resto é uma peça de dança criada em 2017 no Le Quartz, Brest. Entre as suas principais motivações estão as seguintes questões: Como eu olho? Como nos olhamos uns  aos outro?  Como nos vemos em um espaço teatral? Por quais meios nos encontramos neste lugar de exposição que é o fenômeno cênico?
O foco desse trabalho se concentra no fato de submeter algo ao olhar, de mostrar, de (se) apresentar. Eu gostaria de propor aos artistas de Catalyse a experiência de observar a si mesmos sendo observados, olhados, contemplados, próximos e distantes da presença do público. Com base em várias situações de exposição, esta peça
propõe vinhetas que colocam certas partes do corpo para dançar, para fragmentar, para reinventar as suas
funções e as suas formas. Sem artifício e vulneráveis ao olhar do outro, essas danças exigem a atenção do público. Aqui, ninguém escapa do olhar. Estamos reunidos pelo olhar e por gestos que vão além dos limites do corpo para abrir espaço para o grotesco, o sensível, o infinitesimal. Do olhar para a boca, abismos emergem para assustar e celebrar.

Volmir Cordeiro

Sempre pensei que os atores de Catalyse são dançarinos profundos.
Além de todas as técnicas de dança, elas nos incitam a algo novo.
Entre a carne do corpo humano e a carne do mundo, eles tentam nomear o que ainda não tem nome.
A(s) vinheta(s) tem a ver com a inscrição da noção de Vulnerável na Transmissão.
Vignettes é um projeto que  convida coreógrafos a compartilhar esta intuição, esta convicção, transmitindo aos atores de Catalyse, com muito cuidado e disponibilidade; um fragmento de seu repertório que terão de adaptar à singularidade desses artistas neuro-divergentes e em situação de mobilidade reduzida.
Com este gesto, pretendo confiar a estes artistas a memória viva de uma parte do repertório da dança.
Sou o guardião da natureza da transmissão que terá que estar em harmonia com os outros fragmentos para fazer um todo, ao mesmo tempo em que cada fragmento é independente do outro.
Uma cenografia muito simples é comum aos diferentes fragmentos.
Três coreógrafos são convidados a compartilhar este projeto: Bernardo Montet, Maguy Marin e Volmir Cordeiro

Bernardo Montet

 

DIFUSÃO

VITRY-SUR-SEINE, França. 20 de janeiro de 2024. CDCN La Briqueterie e Festival Faits d'Hiver.
RENNES, França. 17 ao 19 Novembro 2023. Théâtre National de Bretgane. TNB
TREMBLAY-EN-FRANCE. 19 de novembro 2022. Théâtre Louis Aragon.
MORLAIX, França. 12 e 13 julho 2022. Centre National de la Création Adaptée (Estreia).

 

Concepção do projeto
Bernardo Montet (Companhia Mawguerite)
Coreógrafos
Maguy Marin, Volmir Cordeiro, Bernardo Montet
Troupe Catalyse 
Tristan Cantin, Manon Carpentier, Guillaume Drouadaine, Christelle Podeur, Jean-Claude Pouliquen,
Sylvain Robic, Emilio Le Tareau.
Assistência à criação O olho a boca e o resto
Marcela Santander Corvalán
Criação do som original da peça
Cristian Sotomayor
Acompanhamento educativo da troupe Catalyse
Erwanna Prigent e Julien Ronel
Coprodução
Cie Mawguerite ; CNCA à Morlaix ; Théâtre National de Bretagne Rennes ; Théâtre Louis Aragon Scène
conventionnée d’intérêt national Art et création danse Tremblay-en-France.
Avec le soutien du Ministère de la Culture DRAC Bretagne aide au projet danse et du Conseil
départemental du Finistère.

IMPRENSA

Le Télégramme. https://www.letelegramme.fr/finistere/morlaix/a-morlaix-les-acteurs-danseurs-de-catalyse-impressionnent-15-07-2022-13112573.php

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